A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é a primeira instituição brasileira que obteve através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação para cultivo controlado e processamento da planta Cannabis Sativa L., para fins de pesquisa científica. A decisão aconteceu na última quarta-feira 14/12, com aprovação por unanimidade pela diretoria colegiada da Anvisa.
Em constante diálogo junto à Anvisa, há mais de dois anos, a UFRN finalmente obteve a aprovação de sua solicitação para “importar, armazenar e germinar sementes da planta”. Segundo o despacho, todo o processo deve ser realizado em ambiente controlado, cumprindo critérios de segurança na execução em diferentes etapas do cultivo.
O Instituto do Cérebro (ICe-UFRN), unidade acadêmica ligada à reitoria da universidade e amplamente reconhecido por seu destaque em publicações na área de neurociências, conduzirá os estudos nas diferentes fases, assumindo mais uma vez o protagonismo à altura da sua importância. O ICe-UFRN será o responsável pela gestão e implantação dos projetos de pesquisa para avaliação da eficácia e da segurança das substâncias, de acordo com as normas estabelecidas pela Anvisa.
O médico Pedro da Costa Mello [@pedrodacostamello], diretor executivo do Instituto Anandamida e mestrando no (ICe-UFRN), destaca a importância desse passo para a pesquisa sobre os potenciais da Cannabis para fins medicinais. “Não somente este centro de ensino ligado à universidade, mas todo o Brasil e o mundo, poderão crescer em pesquisa de qualidade, utilizando tecnologia, inovação e os esforços de importantes pesquisadores e pesquisadoras no assunto”, avaliou.
Outro destaque importante vai para o neurocientista Sidarta Ribeiro [@sidarta_ribeiro], uma das maiores autoridades do Brasil na pesquisa sobre a Cannabis, um dos fundadores do ICe-UFRN em 2011 e atualmente integrante do conselho consultivo deste Instituto Anandamida.
“Esperamos que este avanço sirva para que o PL 399/2015, projeto de lei que trata da regulamentação do uso terapêutico, industrial e de pesquisa da Cannabis seja finalmente votado favorável nas diferentes esferas de poderes competentes, e com isso, progredirmos com mais estudos e consciência entre os diversos atores da sociedade e profissionais engajados, facilitando assim o acesso e à democratização para pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social”, afirmou Dr Pedro da Costa Mello.
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